Horizontes e limitações do uso da Inteligência Artificial Generativa em artes e criatividade: uma revisão integrativa

Paulo Eduardo Martins Dutra, Alexandre Gomes da Silva

Resumo


Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) generativa tem se destacado como uma tecnologia capaz de transformar processos criativos em diferentes áreas, como artes visuais, música, literatura e design. Diferentemente dos sistemas tradicionais, essas ferramentas conseguem gerar conteúdos originais a partir de grandes volumes de dados, o que intensifica os debates sobre a natureza da criatividade e o papel do ser humano em processos mediados por máquinas. Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo analisar a aplicação da IA nos processos criativos, investigando seus limites, possibilidades e implicações. Para isso, adotou-se a revisão integrativa como metodologia, reunindo e sintetizando estudos disponíveis em bases de dados acadêmicas, de modo a identificar percepções, preocupações e tendências relacionadas ao tema. Os resultados evidenciam que a IA, embora amplie as possibilidades criativas e atue como ferramenta de apoio em diferentes áreas, ainda carece de intencionalidade e consciência, elementos tradicionalmente associados à criação humana. Além disso, emergem preocupações éticas e sociais ligadas à autoria, originalidade, direitos autorais e impactos no mercado de trabalho. Conclui-se que a IA generativa pode ser considerada parceira no processo criativo, mas não substitui a centralidade da criatividade humana, sendo necessário estabelecer um uso crítico e responsável dessas tecnologias.

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