ENTRE PRÍNCIPES E MALANDROS, ENTRE HISTÓRIA E FICÇÃO: UMA LEITURA DE ERA NO TEMPO DO REI, DE RUY CASTRO

Resumo

Este trabalho de conclusão de curso de graduação em Letras tem como objetivo propor uma leitura da obra Era no tempo do rei (2007), de Ruy Castro, a partir das relações intertextuais que estabelece com Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antonio de Almeida, a partir da configuração das personagens e da postura adotada pelo narrador, assim como verificar a relevância dos elementos paratextuais com a finalidade de introduzir o leitor no universo interno da obra de 2008. Além disso, buscamos investigar sobre e como o tom carnavalizado utilizado para narrar a história tem relevância e, ao mesmo tempo, revela, implicitamente, uma crítica à sociedade brasileira. Nossa intenção, portanto, é destacar as congruências entre esses romances, ressaltando as características de Era no tempo do rei, que evidenciam a intertextualidade com as Memórias. A metodologia utilizada neste trabalho é a pesquisa de caráter bibliográfico fundamentada nos estudos de Fiorin (2006) e Jenny (1979) sobre a intertextualidade, além dos de Genette (apud LEONEL, 2000) sobre a paratextualidade; para fundamentar as considerações teóricas sobre a carnavalização, apoiamo-nos nas propostas de Bakhtin (1993; 2005); para embasar a discussão sobre as personagens, utilizamos os estudos de Candido (1972) e Kothe (2000); já quanto ao narrador, utilizamos, principalmente, a teoria de Genette (apud REIS; LOPES, 2002) e, para estabelecer os parâmetros de abordagem da obra de Ruy Castro, recorremos ao ensaio de Antonio Candido (2010) “A dialética da malandragem”, sobre a obra de Manuel Antonio de Almeida.
Palavras-chave: Era no tempo do rei. Carnavalização. Relações Intertextuais. Narrador. Personagens.