ENTRE O LITERÁRIO SOCIAL: UMA LEITURA DE PARQUE INDUSTRIAL, DE PATRÍCIA GALVÃO

Resumo

Dentro do contexto literário brasileiro, os anos 30 marcam a 2ª fase do Modernismo, conhecida também como a fase da literatura engajada e de protesto, em que o artista se vê como aquele que transforma sua arte em “arma” de combate. O romance Parque Industrial (1933), de Patrícia Galvão, a Pagu, se insere nesta vertente de denúncia e protesto, sendoconsiderado o primeiro romance proletário da literatura brasileira. Posto isso, dizemos que o objetivo desta pesquisa é apresentar uma leitura analítica, cuja finalidade é verificar quais os mecanismos de construção revelados pelo discurso engajado, de protesto e denúncia social de Patrícia Galvão, no romance acima referenciado, em que são narrados fatos que se passam no cenário político da Revolução de 30 e que permitem classificar a obra como romance proletário. Para tanto, faz-se necessária uma contextualização da autora e de sua obra no cenário da literatura brasileira, bem como do momento histórico-político-social em que esta obra foi publicada a fim de melhor compreendermos a relação entre o literário e o social. Por meio de uma leitura interpretativa, objetiva-se uma análise textual, em que se verifica o perfil de uma sociedade proletária hostilizada, representada pelo discurso desta literatura engajada e de protesto. O respaldo teórico desta análise está fundamentado em de textos teóricos, ou ensaísticos de autores como Candido (1995; 2000) e Bosi (2002), para falar das reflexões acerca das relações entre o literário e o social; para contextualização do Modernismo, serão utilizados, sobretudo, textos de Candido (2003) e Bosi (1994). No que se refere à autora e à obra acima referenciada serão utilizadas as reflexões de Sousa (2012); Pontes (2006); Ferraz (2006); Rodrigues (2009), entre outros.
Palavras-chave: Literatura engajada. Patrícia Galvão. Parque Industrial.