Análise do Discurso das Propagandas da Mastercard: Felicidade Não Tem Preço

Resumo

À medida que o mundo progride, os homens ampliam sua competência de produtores de bens materiais, bem como sua capacidade de moldar a conduta de acordo com a razão que, aliada à virtude, leva à felicidade, uma preocupação universal da humanidade. Nesse contexto, a MasterCard afirma em seu discurso publicitário, por meio da campanha “Não tem preço”, que pode trazer a tão sonhada felicidade. Segundo Bauman (2009), o ganho de dinheiro para adquirir os bens que a moeda e o crédito podem comprar, coloca em “xequemate” outros tantos bens “não comerciáveis e não negociáveis” que o dinheiro não compra. Desse modo, o presente trabalho tem por objetivo a análise do discurso da MasterCard, assim como os valores sociais dos consumidores enunciados por meio de seus relatos pessoais divulgados nessa campanha. Também objetivamos compreender as estratégias discursivas da
MasterCard utilizadas para criar uma relação de cumplicidade com seus clientes, ou seja, os serviços oferecidos pelo cartão trazem a felicidade que “não tem preço”. A metodologia
adotada é uma pesquisa bibliográfica a partir de uma revisão das reflexões do Círculo de Mikhail Bakhtin sobre dialogismo e gêneros do discurso, assim como os estudos de Giannetti
e Bauman sobre felicidade nos âmbitos da economia e da sociologia, respectivamente. Posteriormente, foram feitas análises de três histórias premiadas da campanha “Não tem
preço” de 2008, dentre elas, uma que virou comercial televisivo.