O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: O Discurso de Promoção da Língua Portuguesa no Brasil e em Portugal
Resumo
O objetivo deste trabalho é discutir as divergências/aproximações entre os discursos que tomam por tema o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Brasil e em Portugal. A partir da análise dos dados encontrados, é possível perceber movimentos identitários diferentes se comparados os discursos portugueses e brasileiros sobre a promoção internacional da Língua. O embasamento teórico deste são textos bakhtinianos apropriados pela Análise do Discurso.
Foram selecionados, além do próprio Bakhtin (2002), alguns estudiosos vinculados à sua teoria como Mendonça (2006), Fiorin (2006), Dias (1997), Faraco (2003) e Miotello (2008).
Como corpus, selecionamos textos de autores brasileiros publicados na Folha on-line, além de textos portugueses dos jornais Diário de Notícias, em sua versão on-line, e JPN. A
princípio, foram coletados vinte e um textos, referentes a artigos escritos no período de 2007 e 2008, relacionados ao Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa. A partir disso, julgamos relevante analisar sete textos, sendo dois escritos por articulistas da Folha on-line, dois do Diário de Notícias e três do jornal on-line JPN. Fizemos uma abordagem qualitativa do
corpus e partimos de pistas que nos levaram à formulação de hipóteses. Trata-se de proposta metodológica do historiador italiano Ginzburg (1939) – Paradigma Indiciário. As hipóteses
formuladas a partir da pista, do indício encontrado, podem ser ou não confirmadas. O indício que nos chamou atenção em tais dados foi que o discurso acerca do acordo, presente no Brasil
e em Portugal, apresentava significativa diferença. Assim, fomos ao encontro, portanto, na análise, dessa possível diferença. E, tal diferença buscada relacionava-se ao conceito de promoção da língua no cenário internacional. Para Portugal tal mudança atingiria a identidade de um povo colonizador, enquanto no Brasil, a mudança é vista como uma oportunidade de ascensão política nos fóruns internacionais.
Foram selecionados, além do próprio Bakhtin (2002), alguns estudiosos vinculados à sua teoria como Mendonça (2006), Fiorin (2006), Dias (1997), Faraco (2003) e Miotello (2008).
Como corpus, selecionamos textos de autores brasileiros publicados na Folha on-line, além de textos portugueses dos jornais Diário de Notícias, em sua versão on-line, e JPN. A
princípio, foram coletados vinte e um textos, referentes a artigos escritos no período de 2007 e 2008, relacionados ao Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa. A partir disso, julgamos relevante analisar sete textos, sendo dois escritos por articulistas da Folha on-line, dois do Diário de Notícias e três do jornal on-line JPN. Fizemos uma abordagem qualitativa do
corpus e partimos de pistas que nos levaram à formulação de hipóteses. Trata-se de proposta metodológica do historiador italiano Ginzburg (1939) – Paradigma Indiciário. As hipóteses
formuladas a partir da pista, do indício encontrado, podem ser ou não confirmadas. O indício que nos chamou atenção em tais dados foi que o discurso acerca do acordo, presente no Brasil
e em Portugal, apresentava significativa diferença. Assim, fomos ao encontro, portanto, na análise, dessa possível diferença. E, tal diferença buscada relacionava-se ao conceito de promoção da língua no cenário internacional. Para Portugal tal mudança atingiria a identidade de um povo colonizador, enquanto no Brasil, a mudança é vista como uma oportunidade de ascensão política nos fóruns internacionais.