AQUISIÇÃO DE UMA LÍNGUA E DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE SURDOS INCLUÍDOS EM SALAS REGULARES

Resumo

Educar é moldar, modelar, é gravar, inscrever no sentido de se conscientizar diante do outro, com os gestos e valores, aquilo que caracteriza nossa cultura e nossa sociedade, nossa forma de pensar e agir. Educar é ultrapassar limites e, no caso dos alunos surdos, exige um conhecimento que vai alem do conteúdo ensinado, há necessidade de um atendimento mais aprofundado, para que o ensino a eles oferecido possa, realmente, atender a todas, ou quase todas as necessidades e expectativas. Não há mais como aceitar práticas que desconsiderem o presente e que não se lancem como fortes raízes de suporte para o futuro. Isso implica numa educação que não esteja somente voltada para dar aos alunos com necessidades especiais os conhecimentos necessários para conseguir um bom emprego, mas que lhe ofereça um conhecimento que venha auxiliá-lo em sua trajetória de crescimento humano. Este estudo busca a reflexão sobre as questões que permeiam a educação de surdos com o propósito de promover a melhoria na educação desses indivíduos. Tal educação deve oportunizar condições para que a criança surda venha ter um desenvolvimento cognitivo e sócio interacional equivalente ao da criança ouvinte, mantendo relação comunicacional e tendo contato com as duas línguas: língua de sinais e a língua oral da comunidade ouvinte. Este trabalho se propõe identificar e analisar a forma pela qual a educação de surdos e as propostas curriculares vêm atendendo as expectativas desses alunos, levando a refletir sobre este processo educacional, enfatizando a importância da língua de sinais como base para a educação dos mesmos nas salas de aula e na sociedade, assim como destacar a educação bilíngue. Para tal investigação, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em livros, sites e artigos científicos sobre o histórico educacional de surdos, com autores que avaliam de forma abrangente o processo de conhecimento, comunicação e interação social.