ANÁLISE DOS DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS A LA STIGLITZ: UM ESTUDO ECONOMÉTRICO PARA O CASO BRASILEIRO

Resumo

A maneira como são conduzidas as políticas monetárias pelo governo através da sua autoridade financeira, o Banco Central, pode determinar o rumo que um país irá tomar diante de um período de crise. O problema de pesquisa do estudo é discutir como a política de alterar o nível de depósitos compulsórios pode influenciar o nível de atividade econômica. De um modo geral, as relações entre a política monetária tradicional, via taxa de juros, e a política proposta pelo novo paradigma monetário de Stiglitz, via oferta de crédito na economia, se contrapõe e podem ser a causa de uma não recuperação econômica. Desse modo, o objetivo desta monografia é analisar os pontos da nova política monetária proposta por Stiglitz e como o rompimento com a visão tradicional pode ser a chave para auxiliar as economias a superarem as crises. Sendo assim, através de um estudo econométrico do período de 2011 até julho de 2016, foi realizado previsões sobre o comportamento dos depósitos compulsórios e apor meio deste foi possível confrontá-lo com a realidade. Como resultado, o trabalho demonstra que o governo não adotou a política monetária proposta por Stiglitz, indo na contramão do autor ao dar preferência para a política de redução de juros e não à oferta de crédito. Este motivo pode ter sido uma das possíveis causas do Brasil ainda não ter recuperado da crise econômica que assola o país desde 2014.