COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DOS PACIENTES COM COVID-19 SUBMETIDOS A TRAQUEOSTOMIA PRECOCE OU TARDIAMENTE À INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

Resumo

No início de 2020, houve uma propagação do SARS-CoV-2, causando uma Síndrome Respiratória Aguda Grave. Em pacientes com extenso acometimento pulmonar, foi necessário um suporte ventilatório mecânico. Em alguns casos, a traqueostomia mostrou-se benéfica ao paciente, porém, há divergências relacionadas à indicação, se realizada tardia ou precocemente referente ao período de intubação orotraqueal. Objetivo: Comparar a evolução dos pacientes com COVID-19 submetidos a traqueostomia, em relação ao número de dias de intubação prévios ao procedimento. Metodologia: Estudo observacional transversal analítico, de natureza quantitativa e qualitativa, observando-se o período em que o paciente esteve internado pela infecção. A análise de dados foi feita por meio da coleta em prontuários de um hospital da cidade de Franca – SP. Resultados e Discussão: Foi evidenciado significância estatística na relação faixa etária e prognóstico, mostrando que quanto maior a idade, pior o prognóstico do paciente e maior risco de óbito. Ademais, houve relação positiva entre pior prognóstico associado a comorbidades graves, além do período de intubação orotraqueal e traqueostomia e idade. Assim quanto maior idade, menor a quantidade de dias entre período de intubação e traqueostomia. Todavia, não houve relação estatística entre as variáveis período entre intubação orotraqueal e traqueostomia e prognóstico. Conclusão: Portanto, não se pode afirmar qual o melhor momento para a realização da traqueostomia nos pacientes com intubação prolongada. Dessa forma, esta decisão deve ser individualizada considerando o contexto clínico do paciente e uma abordagem multidisciplinar.